Um traficante brasileiro, a algum
tempo atrás, foi preso, processado e condenado à morte na Indonésia, sendo
observada toda a legislação penal daquele País e, assistimos indignados, o
governo brasileiro até o último instante batalhando incansavelmente para que a
sentença não fosse cumprida e o criminoso pudesse ser devolvido ao Brasil para,
quem sabe, nem responder pelo crime cometido.
Não tendo êxito, não menos escandalizados, acompanhamos a retaliação do governo do Brasil, recolhendo seu Embaixador de volta e propondo ao mundo restrições à Indonésia pela GRAVÍSSIMA conduta de dar tratamento processual e penal mais rigoroso àqueles que traficam drogas e tanto mal causam aos seus pátrios, inclusive com o custo de muitas vidas humanas.
Não estou aqui fazendo defesa da pena de morte, mas apenas pontuando o respeito que deve existir à soberania de uma nação que constrói a sua legislação de acordo com a sua cultura e os anseios de sua sociedade.
Num outro momento, agora mais recente, perplexos, assistimos a notícia do assassinato de um médico e ciclista num dos cartões postais do Rio de Janeiro, a Lagoa Rodrigo de Freitas, vítima da ação de adolescentes infratores que agem naquela região da "Cidade Maravilhosa" (será????), atacando com facas suas vítimas.
O médico morto, segundo foi divulgado, atendia na rede pública, numa comunidade pobre do Rio de Janeiro, a do "Fundão".
Diferente do primeiro caso, nenhuma manifestação por parte do governo foi apresentada; sua família, em especial os dois filhos que com ele residiam, não receberam nenhuma palavra de conforto dos governantes.
Sua morte será contabilizada e se transformará em apenas mais um número e a única ação prática que resultará será a exoneração do comandante do batalhão da área, como se fosse ele quem tivesse estimulado o adolescente criminoso a agir.
Sem qualquer receio de errar posso apostar que o adolescente que matou o médico tem pelo menos dez passagens anteriores pela Polícia, permaneceu impune e deverá, infelizmente, matar outras pessoas, até e após completar dezoito anos.
Estes dois casos mostram o caos que vivemos em termos de segurança pública no Brasil e o equívoco do governo brasileiro na valoração dos fatos: para defender um traficante movem "mundos e fundos", mas para defender a vida de cidadão de bem, omitem-se, aquietam-se.
Triste Brasil, uma nação em frangalhos!
Não tendo êxito, não menos escandalizados, acompanhamos a retaliação do governo do Brasil, recolhendo seu Embaixador de volta e propondo ao mundo restrições à Indonésia pela GRAVÍSSIMA conduta de dar tratamento processual e penal mais rigoroso àqueles que traficam drogas e tanto mal causam aos seus pátrios, inclusive com o custo de muitas vidas humanas.
Não estou aqui fazendo defesa da pena de morte, mas apenas pontuando o respeito que deve existir à soberania de uma nação que constrói a sua legislação de acordo com a sua cultura e os anseios de sua sociedade.
Num outro momento, agora mais recente, perplexos, assistimos a notícia do assassinato de um médico e ciclista num dos cartões postais do Rio de Janeiro, a Lagoa Rodrigo de Freitas, vítima da ação de adolescentes infratores que agem naquela região da "Cidade Maravilhosa" (será????), atacando com facas suas vítimas.
O médico morto, segundo foi divulgado, atendia na rede pública, numa comunidade pobre do Rio de Janeiro, a do "Fundão".
Diferente do primeiro caso, nenhuma manifestação por parte do governo foi apresentada; sua família, em especial os dois filhos que com ele residiam, não receberam nenhuma palavra de conforto dos governantes.
Sua morte será contabilizada e se transformará em apenas mais um número e a única ação prática que resultará será a exoneração do comandante do batalhão da área, como se fosse ele quem tivesse estimulado o adolescente criminoso a agir.
Sem qualquer receio de errar posso apostar que o adolescente que matou o médico tem pelo menos dez passagens anteriores pela Polícia, permaneceu impune e deverá, infelizmente, matar outras pessoas, até e após completar dezoito anos.
Estes dois casos mostram o caos que vivemos em termos de segurança pública no Brasil e o equívoco do governo brasileiro na valoração dos fatos: para defender um traficante movem "mundos e fundos", mas para defender a vida de cidadão de bem, omitem-se, aquietam-se.
Triste Brasil, uma nação em frangalhos!
Humberto Gouvêa
Figueiredo
(Ten Cel PM Comandante do CPI-9 - Região
de Piracicaba)
Nenhum comentário:
Postar um comentário